Quero começar este texto me desculpando. Faço isso para que sirva de aviso que esses próximos momentos em que perderá seu precioso tempo lendo isso, não o farão ter uma visão mais positiva da sociedade. Por isso aviso: talvez seja melhor parar a leitura por aqui.
Obviamente, você continua lendo. Afinal, depois desse anúncio, o texto parece curioso e interessante, parece valer a pena. Por isso novamente me desculpo, porque não vale.
Parando a brincadeira por aqui, quero usá-la de exemplo para minha 'teoria'. Menosprezar a si mesmo é, em realidade, falta de amor próprio e confiança em si. E é assim que nasce o amor compulsivo por coisas completamente inalcançáveis. Pois, ora, se eu não sou boa o bastante, o que é alcançável e possível pra mim, também não será. Então as pessoas elegem ídolos, aparências e comportamentos ideais e os seguem à risca, com absoluta certeza de que aquilo é a maior prova do maior amor do mundo. Meninas choram porque não têm uma linda história de amor com um cara (ou vampiro) perfeito, e elas realmente sofrem com isso, ignorando completamente o fato de que talvez seja possível viver a própria vida e ser feliz assim. As pessoas decidem amar e 'desamar' como se fosse questão de escolha e quando "amam", o fazem com todas suas forças porque decidiram que seria assim, e depois, quando percebem que não era bem por aí, decidem "amar" outra coisa.
Minha profunda e sincera raiva em relação a esse tipo de comportamento me obrigou a desenvolver a arte de fechar o olho e fingir que isso não acontece; que todos sabem que não precisam amar porque outro alguém ama e que ninguém ofende o amor fazendo todo tipo de declarações a semi-desconhecidos. Infelizmente minha técnica ineficaz me permite permanecer irritada e triste por todos que sofrem essa terrível doença.
Agora então, suplico-lhe que tome as devidas prevenções; tenha respeito próprio, aprenda a diferenciar sentimentos e jamais menospreze a simplicidade. Não seja pessimista em relação a sua vida e não se renda a tudo que dizem ser legal e bom pra você. Se permita ser diferente também;
"Seja um deles, mas não seja como eles."
Letícia Gedrat
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