terça-feira, 1 de março de 2011

Doença de Amor Doentio

Quero começar este texto me desculpando. Faço isso para que sirva de aviso que esses próximos momentos em que perderá seu precioso tempo lendo isso, não o farão ter uma visão mais positiva da sociedade. Por isso aviso: talvez seja melhor parar a leitura por aqui.
Obviamente, você continua lendo. Afinal, depois desse anúncio, o texto parece curioso e interessante, parece valer a pena. Por isso novamente me desculpo, porque não vale.
Parando a brincadeira por aqui, quero usá-la de exemplo para minha 'teoria'. Menosprezar a si mesmo é, em realidade, falta de amor próprio e confiança em si. E é assim que nasce o amor compulsivo por coisas completamente inalcançáveis. Pois, ora, se eu não sou boa o bastante, o que é alcançável e possível pra mim, também não será. Então as pessoas elegem ídolos, aparências e comportamentos ideais e os seguem à risca, com absoluta certeza de que aquilo é a maior prova do maior amor do mundo. Meninas choram porque não têm uma linda história de amor com um cara (ou vampiro) perfeito, e elas realmente sofrem com isso, ignorando completamente o fato de que talvez seja possível viver a própria vida e ser feliz assim. As pessoas decidem amar e 'desamar' como se fosse questão de escolha e quando "amam", o fazem com todas suas forças porque decidiram que seria assim, e depois, quando percebem que não era bem por aí, decidem "amar" outra coisa. 
Minha profunda e sincera raiva em relação a esse tipo de comportamento me obrigou a desenvolver a arte de fechar o olho e fingir que isso não acontece; que todos sabem que não precisam amar porque outro alguém ama e que ninguém ofende o amor fazendo todo tipo de declarações a semi-desconhecidos. Infelizmente minha técnica ineficaz me permite permanecer irritada e triste por todos que sofrem essa terrível doença.
Agora então, suplico-lhe que tome as devidas prevenções; tenha respeito próprio, aprenda a diferenciar sentimentos e jamais menospreze a simplicidade. Não seja pessimista em relação a sua vida e não se renda a tudo que dizem ser legal e bom pra você. Se permita ser diferente também;
         
          "Seja um deles, mas não seja como eles."





Letícia Gedrat

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